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A BELEZA E A DUALIDADE DE TUDO

Hoje no finalzinho da tarde reservei uns minutos para o silêncio, a contemplação e a observação da natureza. Na verdade levei um livro pra passear, mas sem culpa. Chegando ao local, o Sol estava tão acolhedor, com um sorrisinho de lado porque nos fez pensar que ele não viria. O céu azul, com nuvens em camadas de diferentes tons formava um mosaico fofo d e texturas diversas que inspiravam a imaginação a pensar que a diferença de altura entre elas era enorme. Pensei em deixar o celular em casa, mas precisava dele para saber a hora de fechar o parque. Sendo assim, diante de um espetáculo de andorinhas, garças e em posse de uma câmera, nem pensei. Deitada esperando meu corpo secar de um mergulho coloquei a o celular a postos para traduzir um tico do espetáculo que meus olhos presenciavam. As andorinhas são um capítulo a parte. De uma delicadeza, precisão, perspicácia e agilidade de dar inveja. Tão delicadamente dando rasantes e plainando por entre os prédios como uma rota de di
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DA IMPERMANÊNCIA DAS COISAS

Prefiro Ter uma reflexão filosófica sobre tudo, do que Ser aquela velha opinião formada sobre o mundo.

ANNE COM E

Anne com E é uma obra de arte. Um romance atemporal que cutuca aquela parte da nossa humanidade independente da época, da língua, da localização geográfica, porque ainda temos os velhos dilemas para encarar no espelho. Baseada no livro  Anne de Green Gables , da canadense Lucy Maud Montgomery , já em 1908 foi um sucesso ao ser lançado, mas escrevo aqui sobre a série veiculada pela Netflix com adaptação da roteirista Moira Walley-Beckett. Considero impecável a construção da narrativa, dos personagens, dos fantasmas de cada fase e realidade de vida ali tão bem retratados.    Green Gables não era um lugar ruim de pessoas más. Era um lugar parado no tempo, num lopping repetitivo como mandam algumas tradições arcaicas e pesadas até a chegada do pequeno furação Anne Shirley na comunidade. Os desafios que ela segue enfrentando são muito atuais e nos revelam aquela tão conhecida diferença entre o tolo e o equivocado. O primeiro senta na condição de certo e morre ali se preciso, af

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Parte de mim é amor e a outra é ilusão. O exercício de viver é alargar as margens da primeira até que a outra simplesmente vire a uma. Tem dias que somos mais a primeira, tem dias que estamos na fronteira. Tem dias que somos pura beira. Não cobro e não ligo, olho pro lado e digo: nem vem, que eu sei voltar pra lá. É uma maré que sobe e desce, movida pelos sentimentos que são movidos pelos pensamentos. Já fui tsunami, já fui lagoa, fá fui até sertão, mas eu sei, é tudo condição. É passageiro. Eu sou passageiro, e também o mar, e também o chão. Ah essa Tao evolução, que cresce dentro da desconstrução. Esse tudo que busca se preencher de nada. Essa divisão que nos insiste, condição de alma triste, de um ego que se alimenta e se maquia de presente. E a união ali latente, aguarda soberana o fundir do último átomo, o ruir da última ilusão. Metade de mim é vida, a outra metade é desconstrução. 

A VIDA É A ARTE DA DESCONSTRUÇÃO

Olhado assim, friamente, nem sei quantas vezes devo ter fugido de mim. Eu era tão assim e hoje me vejo tão assado. Aventura ou segurança? Não, apenas a segurança de viver na aventura ou não. Chova ou faça frio, vai ser sempre Sol. Amor ou paixão? Não, mas um certo estranhamento para ambos. Quem sabe eu não queira concluir. Já vivi tantas variações deste tema, que saí até do tom. Virou indiferença social, distância, silêncio. Complacência, carinho, amizade, mas nunca ingratidão. Pra quê resumir o amor e definir a paixão? Quem sabe quais as combinações possíveis? Hoje me enamoro da solidão, que me abraça como sou, que permite abrir qualquer livro, a qualquer hora, que me dá o bônus da não maquiagem, do tempo dedicado aos mais próximos, dos quais já me ausentei brevemente. Flerto com essa liberdade, de cima de uma montanha bem alta, que parece ser única e só caber um alguém. E, daqui de cima, ninguém verá como eu. E tudo bem. Sucesso ou missão? Não sei. O sucesso mais fo

QUE AS BOAS SEMENTES ENCONTREM O SOLO FÉRTIL

O sentimento que eu fico dessa eleição é que começamos sim a plantar algo diferente. O nosso projeto é ousado, exige destreza administrativa, habilidade em gestão pública, conhecimento de cidade. Tudo que o nosso candidato tem. Não é demagogia. Não precisa muito tempo pra entender isso. Dez, quinze minutos de conversa e você já saca.   Achávamos que nosso maior desafio seria o desconhecimento. Tonetti não é o cara de boteco, não é pastor, não frequenta enterro, não é demagogo. É um rapaz de técnica e de prática. Focado. Tem projetos. *nada contra botecos J Tonetti foi pra todo canto, mesmo com os ataques da oposição e sua velha política, seguíamos em frente. Tonetti aqui, Tonetti lá. Os ataques infundados se espalhavam pela cidade com o aval de veículos de comunicação a serviço do patrão e a nós restava continuar. Rodas de Conversa na pré-campanha e depois a mobilização nas ruas. Cada um era um semeador de ideias. Pouco a pouco, a sua aura, ainda construída pelo imaginár

SOBRE O EPISÓDIO DA OVELHA. O QUE É PRECISO APRENDER.

Até os meus 18 anos meu pai falava em rodízio de carnes e eu, prontamente me animava. Minha irmã ia, "enchia a cara" de beterraba e sempre virava chacota por conta disso. Eu era uma consumidora de carne. As ceias de natal da minha família sempre foram lotadas de peru, carne ‘louca’ e leitoa que minha avó, 11 anos depois de eu me tornar vegetariana ainda insistia em me oferecer. Um dia minha mãe me levou a um curso de introdução ao esoterismo. Entre as muitas novidades que eu me deparei, uma das aulas explicava que todos nós, animais mamíferos temos corpos emocionais, mentais e etérico (espécie de protótipo energético do nosso corpo físico). Nessa aula, pela primeira vez na vida pensei no animal como animal e não como comida. Cheguei em casa e disse à minha mãe: não como mais carne. Ela rio de cantinho de boca, como quem diz “hã hã”. Estou vegetariana faz 21 anos. Mas comi carne até os 18 e acredito em reencarnação. Logo, devo ter comido carne por muitas