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Mostrando postagens de dezembro 6, 2010

Lilás

Que tirania do marinho Foi chegando de mansinho Sobre o lilás vital que me cercava De tantos anos que eram juntos Eu lilás Sem sobretons O azul manchou meu matiz E o pior Nem percebi Borrou o papel de parede Desceu pelo chão Entranhou nas unhas Meu sangue lilás azulou E escuro ficou Pesou as nuances Da aura Da mecha Do Ser Logo eu que sempre quis o lilás Deixei o marinho chegar E ele fincou raiz