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Mostrando postagens de janeiro 5, 2011

Mãe e filho

Mãe longe do filho é respirar com aparelhos Inalar um ar artificial, quase sem prana Mãe longe do filho é nanodolorido É choro sem lágrimas É choro sentido Mãe longe do filho é alma em aflito Não é sussurro, é gemido Mãe longe do filho é seguir meio sem sentido Mãe longe do filho é perdido, perdido... Se dói, chora e lembra do filho Se ri, imagina que faria ri-lo Mãe longe do filho é mesmo sem sentido Só sente quem teve no ventre O amor preso no umbigo A saudade geme contida A ausência do umbigo querido O reflexo da dor da saudade Que cega o olhar umidecido Se é apego, ao certo não digo Mas se é dor, eu sei é verdade Mãe longe do filho é perigo De perder a sanidade De viver sem gozar do segundo De parar de sonhar à vontade Eu prefiro: “Fica longe, filho da mãe de menino!” Dessas vezes que grito de alerta Para afastá-lo do perigo, do que: “Mãe longe do filho” Uma man