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Mostrando postagens de maio 23, 2011

HOJE QUERO SER HUMANO - 2008/2011 Porque definitivamente, as picuinhas femininas cansam

Hoje quero ser humano Tirar o sexo feminino E vestir nada Quero expor todas as vísceras e as mágoas Os sorrisos e os sentimentos Quero ser vista nua De pele e de textura Quero só o dentro Sem casca nem membro Quero ser vista apenas como Eu Sem pré, nem pós requisitos Quero ser compreendida Enxergada Hoje quero ser visível Quero ser Humano Nem homem, nem mulher Sem manobra de perpetuação de espécie Só eu mesma Só eu nessa Só Eu Hoje quero ser Humano Nem barriga, nem bunda Nem peito, nem cicatriz Quero ser coração Quero ser errante Quero ser feliz Sem julgar Sem julgadas Apenas Eu aprendiz Que hoje quer ser Humano E quer também ser o que diz Que se hoje sei Ser Humano Sou menos aprendiz Por que a lição não vai além disso De ser o que diz Que hoje sei Ser Humano

ESCOLHAS - 2008

Questão de arte ou de sorte? Nescafé ou Nescau? Amor ou paixões? Apostar tudo em uma ficha ou apostar em todas as fichas? Como seguir em paz? Responde aí quem for hábil nas escolhas... Sei tudo que não quero E percebo que não basta É preciso querer algo, alguém Mas nós amamos o torto Somos tortos E quando dizer não ao próprio sentimento? A razão de milhares de vidas é que temos um ponto de saturação Dali pra frente não conseguimos mais evoluir sem esquecer o passado E todas as escolhas passam a ser um fardo, cheias de medo e de conflitos Acho que vou tomar um remédio E esquecer tudo E nascer de novo Com trinta, claro Mãe do Dimitri E livre Como aos 18 anos Quando ninguém e nada me aprisionava E eu era dona do meu coração Da minha alma E tinha sonhos Pra caramba E não soube realizá-los Não saltei Não fiz dança de salão Não fui para Europa Não corri a meia maratona Não tenho uma máquina Ne

É O QUE O MEU CORAÇÃO SENTE - 2008

É o que o meu coração sente É tremer na base mesmo não tendo quinze anos É sentir o mundo parar E parar o mundo pra você passar É querer o melhor pra alguém Ser, dar, compartilhar o melhor Querer pegar no colo E querer se jogar no colo É encontrar na boca do outro a sua própria língua É sentir que mesmo no verão, os dias ficam levemente cinzentos quando você não vem E quando você chega Da pele ao vestido, tudo melhora Você está completa Respira fundo Deixa de sobreviver e vive Se locomove com graça Tudo fica tranquilo Mesmo a 300 quilômetros por hora É como meu coração sente E quando você vai Leva um pouco do meu sentido E preciso firmar a rota de novo Por que já não sou muito dona de mim Tem uma parte que é só sua E não me respeita E pensa, sente, lembra Mesmo que eu a proiba Por que sou sua Por que somos nossos Nossos presentes Nossas preces Que o mundo todo sente “No coração dessa mulher

A GINÁSTICA DO AMOR - 2008

Começa bem cedo Quando não queremos que nosso pai nade no fundo do mar para não ser comido pelo tubarão Quando sentamos ao lado de nosso avô sem falar uma palavra e sentimos a segurança do mundo ali Quando olhamos para os amigos na nossa festinha surpresa e vemos a alegria nos olhos de cada um por terem lhe pregado uma peça Quando gritamos “We Are The Champions” na formatura abraçados com aquelas pessoas que se tornaram nossa nova família Quando acabamos um relacionamento amoroso e olhamos para as ex-sogras, as ex-avós, as ex-tias e choramos muito porque aprendemos a amá-los como se fossem nossos, e são Quando temos que mudar de planos e mesmo assim olhamos com carinho para quem fazia parte deles Quando olhamos para o um amigo sofrendo e mesmo querendo falar um milhão de coisas corremos na sua direção e o apertamos bem forte contra o peito Quando sentimos que a vida jamais tivera tanto valor porque agora carregamos uma vida no ventre Quando “a vida” sai do v

Medo do amor - 2008

O que importa É que não sinto raiva do amor Aprendi que ele pode ficar guardado E que há tanto amor no mundo Para ser observado Pessoas felizes Adolescentes aos amassos Mamães sorrindo com os bebês Pessoas jurando amor no altar Pessoas morrendo e deixando saudades Como poderia te odiar amor Você está em tudo Ao redor, dentro e fora O que importa é que não sinto raiva do amor