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Mostrando postagens de setembro 21, 2014

RIO DA VIDA

Hoje eu agradeço tudo na sua totalidade.  E também lamento. Lamento profundamente pela morte das flores que enfeitavam as margens do rio, mas que, com a cheia, foram assoladas pela correnteza. Sou humana. Lamento pela saudade do lilás mais belo, dos perfumes que nem sei se vou sentir. Lamento pela insana ausência de tudo isso que parecia mais vivo até que o próprio céu. Parecia tão verdadeiro quanto o próprio ar. Lamento que toda aquela delicadeza tenha sido varrida com a força devastadora da tempestade que vem cega para dar conta do que tem que ser. E agradeço! Ainda com uma ponta de lamento, mas agradeço. Lamento por ter que me convencer de que verdadeiro não é o sentimento, mas o lapso temporal em que ele existe. Afinal, tudo não deságua no amor? Então são só pedaços do rio. Pedaços do tempo, da 'flora' existencial. Pedaços de um futuro amor. O verdadeiro. Quando o ego findar. Mas ainda vou lamentar com verdade. Sem negar que lamento. A nobreza de lamentar está no reconhecim