Hoje eu saí. Conheci um monte de gente como eu. Gente que pelo menos já foi como eu: forasteira Eu vi Minas, São Paulo, Jundiaí. Tudo ali. Gente boa que passa para lá e para cá. Que trabalha, que carrega seus princípios, suas sementes. Também vi gente esquecida. Fazia tempo que não via. Um garoto deitado com uma coberta de patchwork devorando um pastel. O moço do ônibus me acompanhou da Asa Sul até o Conjunto Nacional. Passamos pelo ortocentro de Brasília. E como todo centro acolhe os esquecidos, eu vi uma gente. Gente nos cantinhos, gente jogada, nos montinhos, aos poucos distribuídas no meio e nos cantos do centro. Passado “o perigo”, ele seguiu em frente, o Gil, e eu fui buscar minhas fotos. Fui para o eixão buscar umas fotos até a majestosa, nos Três poderes. Segui vendo mais gente. O tal Neto me laçou e me mostrou as flores do Cerrado. Eram muitas. Ele ali, fazia delas as musas do caminho, bem em frente à Catedral. (Aquela que não me “pegou” pra valer).