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Mostrando postagens de junho 26, 2012

Nunca fui amada

Cheguei a essa conclusão Me tornei tão hábil em compreender o momento do outro que, nos meus relacionamentos,  deixava que as pessoas se achegassem e se achegassem e eu, como a água, aderia. Em momento algum eu deixava de ser eu. Minha consciência estava presente a todo momento, em todas as concessões e desenvolvi a habilidade de fazê-las espontaneamente.  Porque é assim que sei ser.  De tal forma que eu, um dia, me tornava invisível. E me tornando, partia em busca de minha forma original que nunca era a mesma de antes.  E daí, somente aí a outra parte do que nos tornávamos sentia a minha falta como a de um braço, uma perna, um dedo.  Até parece que é amor, mas nunca foi. Talvez um tipo de dependência da minha presença materna, feminina, protetora e de certa forma alegre.  Talvez por isso nunca me senti bela. Na minha consciência, se eu o fosse, talvez me amassem assim, de qualquer jeito, apenas por eu exisitr. Mas não, não sou esse tipo de pessoa