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Mostrando postagens de julho 14, 2011

Campinas, eu, Brasília e uma dose de redenção.

Demorei tanto para colocar no papel... Não foi em tempo real. Estava devendo essa retratação. E faz um tempo já. Desde que comecei a metamorfozear aqui, em Brasília, a cidade que disse e escrevi que não iria gostar. Hoje você faz anos, então vou aproveitar e te contar. Minha doce terra. Nem sempre tão doce, mas mãe é mãe. Foi severa com os negros. Um dos berços da aristocracia cafeeira, testemunha ocular dos anos de ouro das linhas férreas, e da falta de sensibilidade com o ilustre filho Carlos. Pátria do primeiro time, mas não do primeiro campeão. (brincadeira!) Terra amada e querida, mas, como uma filha íntima e amiga, que tardiamente saíu de casa, reconheço seus desafios. Alimentou algozes e rapinas e agora, terá que se desfazer disso. Tudo vai passar. Mude mesmo a vocação. Tire o bigode e a cartola. Vista algo mais simples Campinas, mais cool. Os tempos mudaram. Até a Treze mudou. Nas fotos do V8, era tudo aquilo, chapéu, floreiras, ordem no calçadão. Charme holywoodyano. Hoje, a

Pensei que ía, mas não fui. Você me laçou

Brasília Minha natureza me presenteou com dose de senso crítico. Quase sempre isso não é bom. Seria se eu tivesse também a sabedoria de entender, que o processo é lento e até mesmo nas coisas mais óbvias, regadas de certeza e razão, há que se crer no futuro, porque na verdade mesmo, pouco está em nossas mãos. Existe a vontade coletiva, a vontade individual e a guerra entre as duas e quem prevalece até este momento evolutivo não é a coletiva. Talvez a gente nem saiba pensar coletivamente. Mas junto com o pensamento crítico, a natureza me dotou também de uma capacidade de gostar de tudo que também nem sempre é bom. Você, que se pintou como um quadro belo e embolorado, hoje está mais para um gigante grande desdentado e ferido em busca de socorro, de amor. E aqui estou eu, me apaixonando pela sua natureza rude, de árvores que me chamaram a atenção por serem nanicas e contorcidas e agora, dois meses depois, pelo perfume inconfundível, pela quantidade de mini pássaros que se abrigam na s