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Mostrando postagens de setembro, 2011

O amor e a paixão

--> O amor pressupõe o abandono do ego A paixão só sobrevive quando ele é alimentado O amor pega para si como condição a felicidade do outro A paixão só enxerga a própria felicidade. Cabe ao outro se moldar para que as suas expectativas sejam alcançadas. O amor quer que o outro saiba da sua existência A paixão é medrosa e faz o outro se sentir fragilizado para que ela se sinta grande O amor tem coração de menino, mas intenção madura A paixão usa terno e gravata, mas não assina um compromisso Paixão fere quando sente-se ameaçada O amor, espera passar A paixão não constrói nada O amor é o alicerce do chão A paixão escolhe se iludir O amor escolhe quem aceita os nãos Paixão é um estágio da vida Amor é imensidão

Saudade amiga

A quem devemos saudar? A saudade é boa Inspira Traz o cheiro do ex-bebê, hoje menino A tez dos pés descalços da avó imaterializada Saudade eterniza os sorrisos, as piadas e as lágrimas Saudade costura os retalhos da colcha de cada um É a placa no caminho obscuro de viver Organiza Valoriza Indica É moeda corrente das emoções Que valora o que passa e o que nunca passará Saudade é sinestésica Delicada Tão sutil que entranha na célula mais miúda Saudade é essência Como tudo que mais importa nessa vida

É mais fácil perdoar o outro do que a si mesmo

A consciência ou não do outro será uma eterna incógnita para nós Mas o peso das próprias escolhas pesará sobre os nossos ombros e abalará nossa coluna vertebral. Como um calo a doer de tempos em tempos, quando o sapato apertar-lhe a existência. É importante achar o caminho para esquecer o calo. Talvez adotar as havaianas como calçado oficial, mas se perdoar é necessário. Se amar incondicionalmente, não para continuar errando, mas para continuar sorrindo. Porque se o erro é fruto da inconsciência, que a alegria então seja o caminho da solução. Amém.

De tropeço em tropeço vou coreografando minha vida

Ando com meus passos lentos Tropeços e desalentos Mas sei onde quero chegar Não visualizo quanto tempo tenho Qual caminho sigo Mas sei onde quero chegar Não sei quem estará amanhã no caminho Se irão comigo Se vão preferir ficar Mas sei quem quero levar E mesmo que não queiram ir Em minhas preces e pensamentos Vão todos repousar Guardarei cada um em um trono Os que se foram de bom grado Os que estão Os que partiram meio calados E os que ainda virão Tanto amor cabe em uma vida Tanta paz e amizade Pequenos segundos eternizados pela totalidade Daquele momento único Insubstituível Onde cada um é o que é Que a vida mais parece um olé Celebração de sins e de nãos Pra no final ficar só o silêncio e a solidão Que guarda tudo sem questionamentos O silêncio que á chapelaria das emoções, das lembranças E a existência se torna nada E o nada tem a nossa cara A cara que levamos, o sorriso que sorrimos O choro que amargamos Viver é isso Tudo isso Nada certo Tudo válido Corrida para o incerto Para a an