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De tropeço em tropeço vou coreografando minha vida

Ando com meus passos lentos
Tropeços e desalentos
Mas sei onde quero chegar
Não visualizo quanto tempo tenho
Qual caminho sigo
Mas sei onde quero chegar
Não sei quem estará amanhã no caminho
Se irão comigo
Se vão preferir ficar
Mas sei quem quero levar
E mesmo que não queiram ir
Em minhas preces e pensamentos
Vão todos repousar
Guardarei cada um em um trono
Os que se foram de bom grado
Os que estão
Os que partiram meio calados
E os que ainda virão
Tanto amor cabe em uma vida
Tanta paz e amizade
Pequenos segundos eternizados pela totalidade
Daquele momento único
Insubstituível
Onde cada um é o que é
Que a vida mais parece um olé
Celebração de sins e de nãos
Pra no final ficar só o silêncio e a solidão
Que guarda tudo sem questionamentos
O silêncio que á chapelaria das emoções, das lembranças
E a existência se torna nada
E o nada tem a nossa cara
A cara que levamos, o sorriso que sorrimos
O choro que amargamos
Viver é isso
Tudo isso
Nada certo
Tudo válido
Corrida para o incerto
Para a antítese
Para o etecetara existencial 

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