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Mostrando postagens de novembro, 2011

365 dias em Brasília

Campinas me pariu. Brasília me viu, me enxergou. Faz um ano hoje. Mala e cuia. Sem saber o que encontraria. Faz 365 dias que cheguei. Sim, eu parti, mas cheguei faz tempo. Quem parte, olha para trás, quem chega, vê o futuro. Tudo tão diferente. Me espelhei em muitas, me desdobrei, me recriei. Me abandonei para depois me achar e descobri que nunca mais serei de verdades. Serei de momentos. Esse que a gente pega nas mãos, mastiga e cospe o caroço. Verdades são swarovski e momento é osso. O momento quebra e cola, a verdade estraçalha. Vim com algumas verdades, elas quebraram e me cortaram. 365 para me encontrar com a liberdade. Com minha chave de fenda, meu varal e minha térmica barata. E meu mundo, de novo.  Com dezoito, meu quarto. Com 34 meu teto. E como tudo tem um preço, são trezentas noites sem colocar Dimitri na cama. Sem dar beijinho, sem mandar tomar banho e lavar as orelhas. Trezentos dias sem a briguinha cotidiana. São 365 dias só de amor. Só de saudade e boas lembranças. O pei

Lula está com câncer. O Brasil também.

Acho que o problema não é o câncer. Todo mundo quer a cura desse mal e ninguém em sã consciência desejaria isso a qualquer ser humano que seja. O ponto é que, o Lula saiu do povo e nunca antes na história desse país alguém representou tanto o ideal de igualdade, pelo menos do lado do eleitor. É a velha máxima de quanto maior a altura, maior o tombo. Ele foi o divisor de águas. A maior expectativa. Quando o povo deixou de achar que não tinha condições de estar lá no poder por não ter estudo, não ter berço ou nome tradicional. Venceu o metalúrgico, o Silva, o operário? Não, venceram, em 2002, os 6 bilhões de pessoas exaustas, desejando mudanças.    Só que a recíproca não foi verdadeira. O Lula subiu ao pódio político, transformou o avião presidencial em luxo, viajou, vendeu o carro flex, sem garantir etanol para o país. Enquanto o povo, que se fez representado por ele, viu grandes escândalos de corrupção, de baixo do nariz do então presidente que se fez de morto (assim como a Dilma). O