Pular para o conteúdo principal

A alegria me pegou de jeito hoje pela manhã

Dirigindo sob o Sol brilhante com um fundo azul, anil brasílico, brisa da manhã e uma boa música de uma boa rádio. Todos os meus sentidos foram tomados de assalto. Eu estou feliz!



Como sempre fui, como sou e não tenho culpa.


Rasguei a capa preta que tentava cobrir meu verde limão.


Estou cheguei. Estou fluorescente. Estou crescente.


Estou tropeçando na alegria e sendo amparada pelo amor.


Mas é tudo simples. Não é um show de mega produção. Não é o nascimento de um filho. Não é a festa de formatura.


Mas contém tudo isso.


Acordei só, e nunca em toda minha vida estive tão cheia de mim, de nós. Dos meus nóses.


A santinha da Tereza saiu da caixa, e velou meu sono. Sua caixa de gelo na prateleira. Eu nem tenho gelos, mas tive avó e ela ficará por ali.


A força de meu pai me fazendo carregar tudo sozinha sem tanta dificuldade (rejeitei a ajuda de amigos). A praticidade de minha mãe me ajudando a limpar tudo de cima a baixo para descansar o sono dos justos. Limpo.


O chão frio e duro como quando acampava com meu irmão e dormíamos em sacos, sobre pedras, ao relento. E era muito bom. Estrelado. A vida ainda cheia de mistérios.


As músicas que eu cantava mentalmente, como se minha irmã, sempre tão amiga, ali estivesse dançando comigo e elucubrando sobre como seria nossa sala de visitas.


O Dimitri lado a lado comigo nas prateleiras, finalmente. Com espaço para absorver o tamanho do meu amor, sem maus humores. Nós não somos encaixotáveis filho.


A paz e a leveza pouco a pouco invadindo cada molécula de ar do meu ambiente sagrado, meu lar, como uma grande festa onde todo mundo que é de bem chega, entra e é bem vindo.


Tudo quase limpo, na calada da noite. Caixas, documentos, roupas no armário. Banho quentinho e um e-mail para dizer: cheguei até aqui graças a vocês.


O amor me dominou e a alegria me pegou de jeito. Um brinde a vida simples, plena e iluminada. Tim,Tim!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Pequi. Ou seria um ouriço? Os Deuses gostam de espinho.

Tão comum na Planalto Central, região de cerrado, seu nome significa “fruta dos deuses” . Por todo lado existe algo de pequi. Isso, eu até sabia. Já havia sido alertada por especialistas. Lá na Vila Industrial, em Campinas, onde fica a editora que eu trabalhava tem a pastelaria do Japa, em frente ao mercadinho da Vila e eles servem pimenta com pequi. Desde a primeira vez fiquei apaixonada pelo sabor. Tem mais hot e mais suave. Mas até aí, era ele lá e eu aqui. Separados por um vidro com liquido dentro. Meus colegas especializados na frutinha porém, me perguntaram se eu conhecia pequi. Eu disse que sim, sem prever o que estaria por vir e ainda reafirmei que na pimenta era uma delícia, o trem. Calda Novas. Na viagem de ida para Brasília paramos em Caldas Novas. O paraíso de crianças e pessoas da melhor idade. Desde que engravidei sempre quis levar o Dimi lá. Nem sei porque, mas tenho essa idéia fixa. Em Fernando de Noronha também. Entramos para conhecer um clube de águas

Status

Parte de mim é amor e a outra é ilusão. O exercício de viver é alargar as margens da primeira até que a outra simplesmente vire a uma. Tem dias que somos mais a primeira, tem dias que estamos na fronteira. Tem dias que somos pura beira. Não cobro e não ligo, olho pro lado e digo: nem vem, que eu sei voltar pra lá. É uma maré que sobe e desce, movida pelos sentimentos que são movidos pelos pensamentos. Já fui tsunami, já fui lagoa, fá fui até sertão, mas eu sei, é tudo condição. É passageiro. Eu sou passageiro, e também o mar, e também o chão. Ah essa Tao evolução, que cresce dentro da desconstrução. Esse tudo que busca se preencher de nada. Essa divisão que nos insiste, condição de alma triste, de um ego que se alimenta e se maquia de presente. E a união ali latente, aguarda soberana o fundir do último átomo, o ruir da última ilusão. Metade de mim é vida, a outra metade é desconstrução. 

A BELEZA E A DUALIDADE DE TUDO

Hoje no finalzinho da tarde reservei uns minutos para o silêncio, a contemplação e a observação da natureza. Na verdade levei um livro pra passear, mas sem culpa. Chegando ao local, o Sol estava tão acolhedor, com um sorrisinho de lado porque nos fez pensar que ele não viria. O céu azul, com nuvens em camadas de diferentes tons formava um mosaico fofo d e texturas diversas que inspiravam a imaginação a pensar que a diferença de altura entre elas era enorme. Pensei em deixar o celular em casa, mas precisava dele para saber a hora de fechar o parque. Sendo assim, diante de um espetáculo de andorinhas, garças e em posse de uma câmera, nem pensei. Deitada esperando meu corpo secar de um mergulho coloquei a o celular a postos para traduzir um tico do espetáculo que meus olhos presenciavam. As andorinhas são um capítulo a parte. De uma delicadeza, precisão, perspicácia e agilidade de dar inveja. Tão delicadamente dando rasantes e plainando por entre os prédios como uma rota de di