Pedi vida e ela apareceu.
Minha casa se encheu de formigas, em 24 horas. Imediatamente depois da faxina intensa.
Dizem que é sinal de mudança. Será?
Eu sei que a vida quer entrar. Pelas formigas que dão uma volta imensa, desde lá da sala e vão pela parede até a cozinha, fazendo uma decoração que se movimenta. Uma faixinha andante e delicada. Quase reta.
E a vida também quer entrar no meu coração, mas tenho medo ainda. Me pelo toda.
Medo de ceder como sempre cedi.
Medo de tirar meus móveis para alguém estranho preencher a sala.
E se não for estranho?
Se não for, talvez esse sofá e essa estante sejam dele. E eu nem vi entrar?
Como as formigas.
Será que elas estavam lá na forma de vida e eu que não via?
Ainda tenho medo.
Alguém me disse ser mais romântico que eu.
E aquilo me convenceu de certa forma. Fiquei pensando quando foi que eu comecei a perder no romantismo para alguém e acho que entendi.
Meu romantismo não é explícito, de muita presença física, mas dedico minha alma, minha vida, meus pensamentos àquela vida e acho que só sabe quem já foi a vítima.
Vítima porque não é fácil, é de responsa.
E às vezes cansa, acho. Porque é estável e seguro.
E daí, como um cão chutado, algo acontece e tenho que me mandar e deixo o vazio, aquele, que discretamente era preenchido pelo meu amor. Daí, eu acostumo e viro pássaro e o algós vira sofredor.
Esse foi o romantismo que me levou a ser menos romântica ao longo dos anos roubados de mim mesma.
Anos em que, sem saber deixei o controle remoto nas mãos de um estranho.
Hoje soldei dois em minhas mãos.
No começou doeu. Queimou e parecia monótono.
Hoje não abro mão dos meus joysticks.
Se alguém quiser compartilhar minha mobília, vai ter que sentar no meu sofá e ver a minha TV e amar meus amados e ver meus filmes. De verdade. E pode até brincar nos meus joysticks.
Minha casa se encheu de formigas, em 24 horas. Imediatamente depois da faxina intensa.
Dizem que é sinal de mudança. Será?
Eu sei que a vida quer entrar. Pelas formigas que dão uma volta imensa, desde lá da sala e vão pela parede até a cozinha, fazendo uma decoração que se movimenta. Uma faixinha andante e delicada. Quase reta.
E a vida também quer entrar no meu coração, mas tenho medo ainda. Me pelo toda.
Medo de ceder como sempre cedi.
Medo de tirar meus móveis para alguém estranho preencher a sala.
E se não for estranho?
Se não for, talvez esse sofá e essa estante sejam dele. E eu nem vi entrar?
Como as formigas.
Será que elas estavam lá na forma de vida e eu que não via?
Ainda tenho medo.
Alguém me disse ser mais romântico que eu.
E aquilo me convenceu de certa forma. Fiquei pensando quando foi que eu comecei a perder no romantismo para alguém e acho que entendi.
Meu romantismo não é explícito, de muita presença física, mas dedico minha alma, minha vida, meus pensamentos àquela vida e acho que só sabe quem já foi a vítima.
Vítima porque não é fácil, é de responsa.
E às vezes cansa, acho. Porque é estável e seguro.
E daí, como um cão chutado, algo acontece e tenho que me mandar e deixo o vazio, aquele, que discretamente era preenchido pelo meu amor. Daí, eu acostumo e viro pássaro e o algós vira sofredor.
Esse foi o romantismo que me levou a ser menos romântica ao longo dos anos roubados de mim mesma.
Anos em que, sem saber deixei o controle remoto nas mãos de um estranho.
Hoje soldei dois em minhas mãos.
No começou doeu. Queimou e parecia monótono.
Hoje não abro mão dos meus joysticks.
Se alguém quiser compartilhar minha mobília, vai ter que sentar no meu sofá e ver a minha TV e amar meus amados e ver meus filmes. De verdade. E pode até brincar nos meus joysticks.
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