Parem de subestimar a nossa inteligência pelo amor.
Ok, o mundo está violento. A política financeira é muito violenta, a social é passiva e o crime surge dessa combinação perfeita. Perfeita porque se mantém há séculos e o que muda é apenas o cenário. O todo X o individual.
Não estamos na era medieval, mas temos crimes sofisticados e crimes medievais.
Cadê as soluções? Os cases de sucesso. “A crise mundial pode aumentar o desemprego”. Oras, porque não entrevistar especialistas e autoridades para saber o que está sendo feito a respeito?
Proferimos todas as manhãs um sem número de fatos horripilantes para quê?
Ensinamos as pessoas a ficarem anestesiadas.
Na TV: o risco da crise é que a nova classe média recue novamente um nível no grau de pobreza.
No impresso: Classe média cresce em nº. Em geral são jovens e mulheres.
Acabamos de ascender à pirâmide e duas horas depois corremos o risco de despencar?
O que isso pode de fato contribuir para as decisões dos indivíduos como aprendi no meu curso de formação? Que, aliás, foi o último ano do currículo antigo, teórico, com um milhão de deficiências práticas (fazíamos laudas na máquina de escrever no 1º ano, já em 2000), mas com articulação reflexiva mínima. Nos disseram que o jornalismo ajuda as pessoas a tomarem decisões, a construírem suas vidas, seus projetos e, consequentemente influencia na própria formação social.
Que jeito? Essa sociedade doente?
Eu proponho um jornalismo de soluções. Quero saber o que fizeram em algum lugar com situação semelhante e que deu certo.
Dane-se a porcaria do crime. Todos nós sabemos que é preciso trancar a fechadura, descer do carro com cuidado, não vacilar em ruas desertas tardão da noite, estamos fartos disso! Vivemos isso como sabemos que depois da primavera vem o verão. OK!
Quero ouvir como do maestro João Carlos Martins que ensinou música para crianças infratoras e um deles mandou-lhe um cartão de natal dizendo: maestro, a música venceu o crime.
Temos os caminhos. Somos um país rico em recursos, podemos ter mais autonomia e porque não temos?
Isso sim tem que ser falado, construído.
Na minha casa ninguém vai entrar e dizer que morreram cinco a facadas, 20 a porradas, que furaram o olho de alguém!
Sugestão de formato da editoria policial: ontem ocorreram “x” crimes. “S” acabaram em morte e “z” não acabaram em morte.
Vamos para a porta dos ministérios saber o está sendo feito a respeito de cada coisa, ver a prestação de contas dos governos em todas as instancias. Jornalistas regionais vão para as prefeituras, distritais para as governadorias e assim por diante. Vamos ver o que estão ensinando para as crianças. Que linha pedagógica adotaram as escolas públicas, municipais, estaduais e federais. Quais têm apresentado resultados mais felizes quanto à formação do cidadão brasileiro e da consciência vocacional.
Pelo amor de Deus, precisamos abandonar o jornalismo caótico.
O 4º poder virou uma grande âncora social.
Jornalismo de soluções, possibilidades, construção! Eu quero!
Enquanto os crimes hediondos dopam os milhares de brasileiros, os crimes de colarinho branco dominam os bastidores e a gente só paga a conta no final, quando a coisa fermenta e aparece mesmo. E com certeza, só fermentou porque alguém se desagradou e deu com a língua nos dentes.
Chega, chega e chega. Dá IBOPE? Então *¨&%$¨%$$$, porque ninguém teve a coragem ainda de ir para a frente da TV e dizer: aqui ninguém vai te chamar de otário. Não vamos mostrar apenas crime, ou 90% mais de crimes. Nem vamos falar apenas de quiche, biscuit e da vida de um famoso.
Vamos ajudar a construir.
Mas é claro que isso exige uma pro atividade do telespectador viciado ainda em torpe e medo.
A sociedade precisa dessa inversão. Ou reversão de valores.
Aos jornalistas, sujeitos aos desmandes de cada redação e às cotas publicitárias (herança do Chatô), podemos começar com pequenas tiradas. Dando o “outro” lado das coisas, criando. Falando, sem dizer. Temos que fazer valer quatro anos da nossa vida quando achávamos que mudaríamos o mundo!
Ganhamos pouco, trabalhamos dobrado, mas tem que valer a pena!
Jornalismo de soluções, não tem outro jeito.
Ok, o mundo está violento. A política financeira é muito violenta, a social é passiva e o crime surge dessa combinação perfeita. Perfeita porque se mantém há séculos e o que muda é apenas o cenário. O todo X o individual.
Não estamos na era medieval, mas temos crimes sofisticados e crimes medievais.
Cadê as soluções? Os cases de sucesso. “A crise mundial pode aumentar o desemprego”. Oras, porque não entrevistar especialistas e autoridades para saber o que está sendo feito a respeito?
Proferimos todas as manhãs um sem número de fatos horripilantes para quê?
Ensinamos as pessoas a ficarem anestesiadas.
Na TV: o risco da crise é que a nova classe média recue novamente um nível no grau de pobreza.
No impresso: Classe média cresce em nº. Em geral são jovens e mulheres.
Acabamos de ascender à pirâmide e duas horas depois corremos o risco de despencar?
O que isso pode de fato contribuir para as decisões dos indivíduos como aprendi no meu curso de formação? Que, aliás, foi o último ano do currículo antigo, teórico, com um milhão de deficiências práticas (fazíamos laudas na máquina de escrever no 1º ano, já em 2000), mas com articulação reflexiva mínima. Nos disseram que o jornalismo ajuda as pessoas a tomarem decisões, a construírem suas vidas, seus projetos e, consequentemente influencia na própria formação social.
Que jeito? Essa sociedade doente?
Eu proponho um jornalismo de soluções. Quero saber o que fizeram em algum lugar com situação semelhante e que deu certo.
Dane-se a porcaria do crime. Todos nós sabemos que é preciso trancar a fechadura, descer do carro com cuidado, não vacilar em ruas desertas tardão da noite, estamos fartos disso! Vivemos isso como sabemos que depois da primavera vem o verão. OK!
Quero ouvir como do maestro João Carlos Martins que ensinou música para crianças infratoras e um deles mandou-lhe um cartão de natal dizendo: maestro, a música venceu o crime.
Temos os caminhos. Somos um país rico em recursos, podemos ter mais autonomia e porque não temos?
Isso sim tem que ser falado, construído.
Na minha casa ninguém vai entrar e dizer que morreram cinco a facadas, 20 a porradas, que furaram o olho de alguém!
Sugestão de formato da editoria policial: ontem ocorreram “x” crimes. “S” acabaram em morte e “z” não acabaram em morte.
Vamos para a porta dos ministérios saber o está sendo feito a respeito de cada coisa, ver a prestação de contas dos governos em todas as instancias. Jornalistas regionais vão para as prefeituras, distritais para as governadorias e assim por diante. Vamos ver o que estão ensinando para as crianças. Que linha pedagógica adotaram as escolas públicas, municipais, estaduais e federais. Quais têm apresentado resultados mais felizes quanto à formação do cidadão brasileiro e da consciência vocacional.
Pelo amor de Deus, precisamos abandonar o jornalismo caótico.
O 4º poder virou uma grande âncora social.
Jornalismo de soluções, possibilidades, construção! Eu quero!
Enquanto os crimes hediondos dopam os milhares de brasileiros, os crimes de colarinho branco dominam os bastidores e a gente só paga a conta no final, quando a coisa fermenta e aparece mesmo. E com certeza, só fermentou porque alguém se desagradou e deu com a língua nos dentes.
Chega, chega e chega. Dá IBOPE? Então *¨&%$¨%$$$, porque ninguém teve a coragem ainda de ir para a frente da TV e dizer: aqui ninguém vai te chamar de otário. Não vamos mostrar apenas crime, ou 90% mais de crimes. Nem vamos falar apenas de quiche, biscuit e da vida de um famoso.
Vamos ajudar a construir.
Mas é claro que isso exige uma pro atividade do telespectador viciado ainda em torpe e medo.
A sociedade precisa dessa inversão. Ou reversão de valores.
Aos jornalistas, sujeitos aos desmandes de cada redação e às cotas publicitárias (herança do Chatô), podemos começar com pequenas tiradas. Dando o “outro” lado das coisas, criando. Falando, sem dizer. Temos que fazer valer quatro anos da nossa vida quando achávamos que mudaríamos o mundo!
Ganhamos pouco, trabalhamos dobrado, mas tem que valer a pena!
Jornalismo de soluções, não tem outro jeito.
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