Pular para o conteúdo principal

O mundo sempre acaba, mas sempre recomeça. Feliz 2013!



Nessa época sempre bate aquela vontade de compartilhar a colheita com os amigos. Agradecer os sorrisos, os apertos de mão, os abraços ou simplesmente o coleguismo.
Nesse ano tive o privilégio de ganhar muitas bolas novas para minha árvore da vida. Estrelas e anjos.
Também foi um ano emblemático. Essa coisa de fim de mundo, a crise econômica, uma imagem externa de um Brasil que ainda não nos convence.
Mudanças a vista, ou, como disse o monge do templo budista, “consciência da mudança a vista”. Vamos ter que nos adaptar. Tudo está mudando rápido e não comporta resistência a velhos padrões.
Se joga! J Como diria meus amigos da dança.
Independente de o mundo acabar, todos os dias alguém se acidenta, perde alguém, rompe uma relação, vence um câncer e renasce. Todos os dias crianças nascem e enchem os lares de alegria. Outras, são abandonas nas primeiras horas de vida. “São dois lados da mesma viagem. O trem que chega é o mesmo trem da partida. A hora do encontro é também despedida” então, como no filme Armageddon, onde a humanidade toda se ajoelha torcendo pelo o desvio do meteoro que aniquilaria a Terra, que a gente sinta cada momento como sendo único.
Me perguntei “Se o mundo acabasse amanhã, o que eu faria?” Hum, escovaria os dentes, faria um suco, almoçaria com minha família ou amigos. Simplesmente porque as coisas corriqueiras são as mais especiais e maravilhosas que existem. Ou são tão maravilhosas quanto as grandiosas. Como tomar um café!
Escovar os dentes, comprar pão na padaria a pé e lavar a própria calcinha, por que não? São atos de liberdade e dignidade. E ficar sem isso é uma das maiores agressões ao ser humano. Só sabe quem já foi privado de. Ser livre é amar a própria existência e o próprio caminho.  Cada pedacinho. Cada despertar. Perdoar o outro e a si mesmo, amar o outro como a si mesmo. Amar a si mesmo... tão antigo e tão desafiador.
Desejo à você que nesse natal o presente seja a lembrança dos velhos e novos amigos, isso sim, presentes de Deus, que chegam por todo o ano e a qualquer momento. A lembrança dos familiares queridos, mesmo com todas as diferenças. Nosso porto seguro.
Desejo que você supere os desafios. Que você chore as tristezas para deixar a esperança entrar. Há, a esperança. Que benção tão grandiosa. Amiga íntima nas maiores dificuldades. Como depois de uma dor de barriga, uma gripe que te derruba, que te faz pequeno, você se cura e sente o mundo inexplicavelmente mais cheio de ar.
O ar, o mensageiro invisível, indispensável, como o amor incondicional, que apresenta a compreensão, que deixa ver além do óbvio e abre as portas para o perdão. O perdão, terreno fértil do amor e o amor, único caminho para a liberdade.
Desejo que você seja um ótimo aprendiz dessas virtudes e um praticante vigoroso em 2013.
Que as pequenas feridas se fechem, as médias se enfraqueçam e as grandes amenizem. E que esse seja um grande passo para sua evolução nesse curso chamado vida. Lembrando que a dor dói mesmo, mas o sofrimento é opcional.
Ontem, hoje e amanhã são módulos dos quais ninguém escapa, então, que valha a pena cada um deles.
Desejo à você e toda sua família, amor, inteligência emocional, nobreza de espírito, harmonia, saúde plena e muitas, muitas alegrias.
Obrigada pela amizade. Feliz Natal e Feliz 2013.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Pequi. Ou seria um ouriço? Os Deuses gostam de espinho.

Tão comum na Planalto Central, região de cerrado, seu nome significa “fruta dos deuses” . Por todo lado existe algo de pequi. Isso, eu até sabia. Já havia sido alertada por especialistas. Lá na Vila Industrial, em Campinas, onde fica a editora que eu trabalhava tem a pastelaria do Japa, em frente ao mercadinho da Vila e eles servem pimenta com pequi. Desde a primeira vez fiquei apaixonada pelo sabor. Tem mais hot e mais suave. Mas até aí, era ele lá e eu aqui. Separados por um vidro com liquido dentro. Meus colegas especializados na frutinha porém, me perguntaram se eu conhecia pequi. Eu disse que sim, sem prever o que estaria por vir e ainda reafirmei que na pimenta era uma delícia, o trem. Calda Novas. Na viagem de ida para Brasília paramos em Caldas Novas. O paraíso de crianças e pessoas da melhor idade. Desde que engravidei sempre quis levar o Dimi lá. Nem sei porque, mas tenho essa idéia fixa. Em Fernando de Noronha também. Entramos para conhecer um clube de águas

Status

Parte de mim é amor e a outra é ilusão. O exercício de viver é alargar as margens da primeira até que a outra simplesmente vire a uma. Tem dias que somos mais a primeira, tem dias que estamos na fronteira. Tem dias que somos pura beira. Não cobro e não ligo, olho pro lado e digo: nem vem, que eu sei voltar pra lá. É uma maré que sobe e desce, movida pelos sentimentos que são movidos pelos pensamentos. Já fui tsunami, já fui lagoa, fá fui até sertão, mas eu sei, é tudo condição. É passageiro. Eu sou passageiro, e também o mar, e também o chão. Ah essa Tao evolução, que cresce dentro da desconstrução. Esse tudo que busca se preencher de nada. Essa divisão que nos insiste, condição de alma triste, de um ego que se alimenta e se maquia de presente. E a união ali latente, aguarda soberana o fundir do último átomo, o ruir da última ilusão. Metade de mim é vida, a outra metade é desconstrução. 

A BELEZA E A DUALIDADE DE TUDO

Hoje no finalzinho da tarde reservei uns minutos para o silêncio, a contemplação e a observação da natureza. Na verdade levei um livro pra passear, mas sem culpa. Chegando ao local, o Sol estava tão acolhedor, com um sorrisinho de lado porque nos fez pensar que ele não viria. O céu azul, com nuvens em camadas de diferentes tons formava um mosaico fofo d e texturas diversas que inspiravam a imaginação a pensar que a diferença de altura entre elas era enorme. Pensei em deixar o celular em casa, mas precisava dele para saber a hora de fechar o parque. Sendo assim, diante de um espetáculo de andorinhas, garças e em posse de uma câmera, nem pensei. Deitada esperando meu corpo secar de um mergulho coloquei a o celular a postos para traduzir um tico do espetáculo que meus olhos presenciavam. As andorinhas são um capítulo a parte. De uma delicadeza, precisão, perspicácia e agilidade de dar inveja. Tão delicadamente dando rasantes e plainando por entre os prédios como uma rota de di