Nessa época sempre bate aquela vontade de compartilhar a
colheita com os amigos. Agradecer os sorrisos, os apertos de mão, os abraços ou
simplesmente o coleguismo.
Nesse ano tive o privilégio de ganhar muitas bolas novas
para minha árvore da vida. Estrelas e anjos.
Também foi um ano emblemático. Essa coisa de fim de mundo, a
crise econômica, uma imagem externa de um Brasil que ainda não nos convence.
Mudanças a vista, ou, como disse o monge do templo budista, “consciência
da mudança a vista”. Vamos ter que nos adaptar. Tudo está mudando rápido e não
comporta resistência a velhos padrões.
Se joga! J
Como diria meus amigos da dança.
Independente de o mundo acabar, todos os dias alguém se
acidenta, perde alguém, rompe uma relação, vence um câncer e renasce. Todos os
dias crianças nascem e enchem os lares de alegria. Outras, são abandonas nas
primeiras horas de vida. “São dois lados da mesma viagem. O trem que chega é o
mesmo trem da partida. A hora do encontro é também despedida” então, como no filme
Armageddon, onde a humanidade toda se ajoelha torcendo pelo o desvio do meteoro
que aniquilaria a Terra, que a gente sinta cada momento como sendo único.
Me perguntei “Se o mundo acabasse amanhã, o que eu faria?”
Hum, escovaria os dentes, faria um suco, almoçaria com minha família ou amigos.
Simplesmente porque as coisas corriqueiras são as mais especiais e maravilhosas
que existem. Ou são tão maravilhosas quanto as grandiosas. Como tomar um café!
Escovar os dentes, comprar pão na padaria a pé e lavar a
própria calcinha, por que não? São atos de liberdade e dignidade. E ficar sem
isso é uma das maiores agressões ao ser humano. Só sabe quem já foi privado de.
Ser livre é amar a própria existência e o próprio caminho. Cada pedacinho. Cada despertar. Perdoar o
outro e a si mesmo, amar o outro como a si mesmo. Amar a si mesmo... tão antigo
e tão desafiador.
Desejo à você que nesse natal o presente seja a lembrança
dos velhos e novos amigos, isso sim, presentes de Deus, que chegam por todo o
ano e a qualquer momento. A lembrança dos familiares queridos, mesmo com todas
as diferenças. Nosso porto seguro.
Desejo que você supere os desafios. Que você chore as
tristezas para deixar a esperança entrar. Há, a esperança. Que benção
tão grandiosa. Amiga íntima nas maiores dificuldades. Como depois de uma dor de
barriga, uma gripe que te derruba, que te faz pequeno, você se cura e sente o
mundo inexplicavelmente mais cheio de ar.
O ar, o mensageiro invisível, indispensável, como o amor
incondicional, que apresenta a compreensão, que deixa ver além do óbvio e abre
as portas para o perdão. O perdão, terreno fértil do amor e o amor, único
caminho para a liberdade.
Desejo que você seja um ótimo aprendiz dessas virtudes e um
praticante vigoroso em 2013.
Que as pequenas feridas se fechem, as médias se enfraqueçam e
as grandes amenizem. E que esse seja um grande passo para sua evolução nesse
curso chamado vida. Lembrando que a dor dói mesmo, mas o sofrimento é opcional.
Ontem, hoje e amanhã são módulos dos quais ninguém escapa,
então, que valha a pena cada um deles.
Desejo à você e toda sua família, amor, inteligência emocional,
nobreza de espírito, harmonia, saúde plena e muitas, muitas alegrias.
Obrigada pela amizade. Feliz Natal e Feliz 2013.
Comentários