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Você me abre seu mastro e a gente faz um país

Depois de ter uma aula sobre Marina Lima, com Ricardo Serrazes, esse trocadilho de mastros tinha que ilustrar meu texto. Ficou meio fálico, mas não é nada disso.
O lance é que passei a vida toda admirando a nossa bandeira. Acho essas coisas cívicas muito legais. Desfile, fanfarra.
E essa verdinha, na sua totalidade é sensacional. Ela é orgânica, viva, no sentido ilustrado da palavra. Vigorosa. Não é um quadrado com três tracinhos, sem desmerecer as bandeiras alheias.
As cores são alegres e viajando no melhor estilo no sense, o céu azul, circular, também pode ser visto como o planeta água cravado no amarelo, na civilização solar anunciada por tantos e dentro do verde que seria a sustentabilidade latente, pré requisito para que ela venha a existir. Para finalizar, a Nova Era anuncia o Brasil como centro energético de mundo. Mais precisamente o Planalto Central.
Se eu não conhecesse essas teorias, ainda assim, acho que seria apaixonada por ela.
E simplesmente não ousaria tentar compreender.
O fato é que, como recordou minha também amiga Eliana, quando desejamos algo, a coisa vem. O universo manda fax e depois autentica.
Hoje, caminhava pelo meu novo bairro aqui em Brasília e refleti sobre morar bem na direção da bandeira nacional, na Praça dos Três Poderes, onde, por algum motivo, cravaram o berço esplendido dela. São 24 mastros porque na época era o numero de estados que o Brasil possuía. Hoje são 27. No ápice, 232 metros quadrados de verde, amarelo, azul e branco lambem o céu 24 horas por dia. São cem metros de altura. O apelido dela é majestosa. Ela me atende assim pelo menos.
Eu tenho uma superstição de que toda vez em que me aproximo, ela se abre. :) Ha, deixa eu acreditar, é legal. Só uma vez que não. Ela estava triste. E naquele dia, eu também. Ela vê, de fato, muitas coisas. Guarnecer os três poderes não é para qualquer um. Haja resiliência!
Muita gente queria morar no campo, na praia e eu, hoje, agradeci por estar exatamente onde devo estar. Eu adoro tê-la por perto. Gosto mesmo.
Acho que a grandiosidade das coisas, parafraseando minha outra querida amiga, Gisele, descrevendo a experiência de ver a Capela Sistina, é "surreal". Nesse caso são coisas muito diferentes, claro, mas por vezes, vemos algo, captamos, e nem sempre sabemos explicar. Meu professor de ética Marcel Sheida dizia que tudo que entendemos conseguimos explicar e sempre contestei. Principalmente nós mulheres. Nós entendemos coisas com a intuição. Daí trinca, vira papo de maluco. Só dá para explicar se for para outro maluco, que vai sacar a mensagem por si só.
Acho aquela disposição, da Praça e da Bandeira e todo aquele conjunto muito intrigante. Talvez estejamos muito longe de usufruir dessa estrutura com a lisura e a competência que poderíamos, enquanto nação, mas algo  no meu peito de O RH positivo, diz que ainda será melhor. A promessa é justamente o diferente. O algo que foi có-criação de Deus. A cidade não fluiu espontaneamente. Foi decretada, planejada e executada em três anos.Só isso é um nesga de esperança. E o resto, os monumentos, a bandeira, os prédios, nos acenam o tempo todo para o novo que chega e que sempre vem.
Tudo isso só para dizer como minha amiga Rapha: "sua linda!!!! :)




Comentários

belo texto ! a cada texto que leio, mais admiro seu estilo gostoso de escrever! continue!

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