O raso, de tão raso, transbordou em vazio. E o vazio era pouco e tão nada que fez um estardalhaço e quebrou tudo que era tão alto, tão belo e tão frágil... Quando o último caco ainda se movimentava no chão, o chão partiu. Nada era como se enxergava. Ficou o vazio. Do mais fundo poço vazio e escuro, e tênue como o nada cheio de ruídos, brotou um fio de luz. Tão fino que chegava a cegar como a esperança de se entender e se fazer entendido. É confuso? Não, é regra. Não há ser humano que não passará por isso e não há santo que não tenha ultrapassado. Estilhaçar o ego, agradecer o elogio como quem passa por um cão feroz com respeito mas não adula. O ego cega, atordoa, brinca e depois vai embora. Quando você acha que está louco, desvairado, incompreendido, absolutamente SÒ, é sinal que sua parede está ruindo. Se você sobreviver e conseguir potencializar aquele fio de luz, ali sim você começará a existir, de verdade. Sem essas ou aquelas expectativas mórbidas porque o tempo de cada um é o tempo de cada um e faz milhões de pessoas de mesmo idioma não se compreenderem. Depois disso é possível que você passe a viver na time line. Nem à frente, nem para trás de quem quer que seja. Apenas no seu lugar. E não se esqueça. Quando tudo ruir, esse deverá ser o começo. Por isso não se agarre a velhos hábitos e expectativas que no fundo já não calam mais no teu coração. Se jogue no vazio e deixe a vida embalar teu sono, beijar tua face e te batizar com o nome de quem chegou lá. Não importa qual. Você atenderá apenas pelo chamado da paz. Como muitos outros, apenas e tudo isso. Um filho da paz.
Tão comum na Planalto Central, região de cerrado, seu nome significa “fruta dos deuses” . Por todo lado existe algo de pequi. Isso, eu até sabia. Já havia sido alertada por especialistas. Lá na Vila Industrial, em Campinas, onde fica a editora que eu trabalhava tem a pastelaria do Japa, em frente ao mercadinho da Vila e eles servem pimenta com pequi. Desde a primeira vez fiquei apaixonada pelo sabor. Tem mais hot e mais suave. Mas até aí, era ele lá e eu aqui. Separados por um vidro com liquido dentro. Meus colegas especializados na frutinha porém, me perguntaram se eu conhecia pequi. Eu disse que sim, sem prever o que estaria por vir e ainda reafirmei que na pimenta era uma delícia, o trem. Calda Novas. Na viagem de ida para Brasília paramos em Caldas Novas. O paraíso de crianças e pessoas da melhor idade. Desde que engravidei sempre quis levar o Dimi lá. Nem sei porque, mas tenho essa idéia fixa. Em Fernando de Noronha também. Entramos para conhecer um clube de águas
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