To reatando com as palavras
A gente se separa e às vezes volta
Com tudo e apaixonadas
É engraçado como acontece
Às vezes olho para elas e me falta tudo. Me faltam “A’s”,
“B’s”, ta tudo banguela.
Nada cabe, nada encaixa.
Me sinto traída e as culpo por não me atenderem
Silencio, não digo nada. Ignoro.
Uso e abuso com o argumento de trabalho e oculto minhas
emoções.
Até gosto do resultado, mas sei que não falam de mim.
Uma certa revolta porque algumas vezes era tão perfeito. Tão
encaixado, tão pleno, como se meus dedos tivessem elos com o coração e minha
mente só assistisse o show da construção.
E de repente elas me abandonavam, e a roupa sobrava ou nem
cabia.
Tudo fora de mão.
Aos poucos pude perceber
Quando meu sentimento pesava, as palavras se íam
Naturalmente
Esfumaçavam no nada
E eu ficava sozinha e abandonada
Mas a culpa era minha
Tudo que não é amor repele meu acervo de palavras. Pode ser
amor triste, amor de redenção, pode ser amor de vida, mas tem que ser amor de
coração.
Se eu me nego a ele, elas se vão por opção.
Não traem sua natureza
Me deixam na mão.
Custei a entender
Custei a me ver
Custei a amar de novo o ato de escrever
Comentários