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Mostrando postagens de 2014

BARRO

Então é isso. Tudo resolve mudar e você mal se dá conta. Viver é maravilhoso e às vezes, coisa de maluco! Desapego, liberdade, amor incondicional, tudo muito, muito lindo, mas sanidade é bem mais legal. Chega a um ponto que alguma coisa tem que existir verdadeiramente fora de você. Ou não? Muda o estado, a água rareia, o debate é uma ode ao analfabetismo funcional (questão de interpretação de texto). Agressividade... Ela sempre invade, por palavras, fechadas no trânsito, televisão.   A mídia é vendida, à serviço do capital, o mesmo que tarifa a água como produto, só que é um bem universal.   Você não ingere proteínas, mas quer ganhar massa muscular. É tanta incoerência, que alguma coisa pode por favor se manter de pé? Nem que seja por um tempinho. Sinto que até meu ego ruiu. Eu não quero ser a melhor profissional, a melhor mãe, porque já não sou. A melhor filha, porque também não sou. Só quero ser o melhor que eu puder neste momento. E não tenho conseguido. Você ama

SOBRE A CRIANÇA INTERNA

Ok, você amadureceu cedo de mais ou não. O fato é que, agora se tornou um pai/mãe de família, empresário, cientista, médico... Todo mundo, antes de ser tudo isso foi uma criança que viveu coisas, aventuras, realizou sonhos e também foi privada de aventuras, de sonhos e de experiências. Acho que, quando os ‘nãos’ foram substancialmente mais presentes do que os ‘sins’, ou, simplesmente permaneceram na inquietude da alma, não se engane: sua criança vai esperar uma brecha para surgir e reivindicar tudo que julgar ser dela por direito. Algumas pessoas (como eu) vão encontrá-la d epois de uma experiência forte de uma grande perda, uma vivência de quase morte ou a cura de uma doença. Outras, de forma paulatina, nas entrelinhas do dia a dia. No meu caso saí comprando skate, bicicleta, brindando a vida com tudo que é simples e sempre me fez feliz. Saí de um período de restrições comendo tudo que me dava vontade e fazendo o que dava na telha. Talvez, se pudesse, ‘compraria’ uma

RIO DA VIDA

Hoje eu agradeço tudo na sua totalidade.  E também lamento. Lamento profundamente pela morte das flores que enfeitavam as margens do rio, mas que, com a cheia, foram assoladas pela correnteza. Sou humana. Lamento pela saudade do lilás mais belo, dos perfumes que nem sei se vou sentir. Lamento pela insana ausência de tudo isso que parecia mais vivo até que o próprio céu. Parecia tão verdadeiro quanto o próprio ar. Lamento que toda aquela delicadeza tenha sido varrida com a força devastadora da tempestade que vem cega para dar conta do que tem que ser. E agradeço! Ainda com uma ponta de lamento, mas agradeço. Lamento por ter que me convencer de que verdadeiro não é o sentimento, mas o lapso temporal em que ele existe. Afinal, tudo não deságua no amor? Então são só pedaços do rio. Pedaços do tempo, da 'flora' existencial. Pedaços de um futuro amor. O verdadeiro. Quando o ego findar. Mas ainda vou lamentar com verdade. Sem negar que lamento. A nobreza de lamentar está no reconhecim

REFLETINDO SOBRE O SENTIMENTO DE SER ÚTIL...

Estava refletindo sobre o sentimento, aparentemente nobre de querer ‘ajudar’ o outro e me veio à mente uma cena: uma pessoa querendo atravessar a rua e demonstrando certa dificuldade. Você, percebendo, pode esperar que ela te peça ajuda, atento para corresponder imediatamente, ou, pode sentir a pessoa e oferecer auxilio (descarta-se a possibilidade de você ficar indiferente). Se a pessoa aceitar, você dá as mãos a ela, atravessa a via, despedem-se e seguem seus caminhos sem prejuízo particular. O importante é que ambos desejaram a mesma coisa. Seguir na mesma direção ou, auxiliar e ser auxiliado e por isso tudo daria certo. Agora, se alguém quisesse ser útil e chegasse diante de alguém que caminha tranquilamente oferecendo ajuda para atravessar, qual seria o efeito disso? A pessoa poderia achar engraçado, dizer não e atravessar a rua deixando o outro ‘no ar’ ou mesmo, se chatear porque sua meditação foi interrompida, ou uma composição musical, ou simplesmente o maravilhoso silên

AMOR ELÁSTICO

Dia das mães é maravilhoso. Comercial ou não, pelo menos é uma proposta amorosa e altruísta. E, nesses tempos, tudo que for amoroso e altruísta é muito bem vindo :_) Mas, 3 anos morando em Brasília, sem receber o abraço do meu filho, ou o presentinho feito por ele na escola (e eu guardo todos), me fazem passar em branco, confesso. Sem tristeza, apenas uma lacuna. Nesse ano, uma coisa boa. Vou passar com minha mãe! A lacuna ficou menor. Voltando para a minha maternidade, estive pensando em tudo e acho que o amor de mãe é elástico. Essa é uma boa palavra. Representa nossa capacidade de dar uma bronca federal ao mesmo tempo que pensa: ‘poxa, como ele está lindo, deve ter crescido uns dez centímetros e já fala inglês. Superou a criação. :_) E essa 'tiradinha' hein? Que figura!’ Esse amor suporta um nível de tensão. É forte. Estando longe, é como se o nosso ‘fio’ fosse esticado, esticado, esticado. E o prazo de validade são 2 meses. Já testei! Depois disso, o fio come