Me ofusca os olhos Brasília porque te nego
Mas o céu que te cobre não se pode negar
Chega mesmo a ser uma espécie de mar
Grandioso e claro
Mesmo quando está escuro, se mancha de contrastes
Porque artístico que é, não se curva às formalidades de céu
Me ofusca os olhos quando passo os dias em casa
Me poupando de ti e de repente saio despreparada
Sem meu Ray Ban lilás que perdi, mas nem chorei.
Se mudei até de Estado
Então que mude tudo em mim
Meu espírito principalmente
Agora, um pouco bem, um pouco triste
Refém do atual, esperançosa do amanhã
Que enche a gente de bom talvez
Fundamentalmente me amo assim, como sou, porque embora mude vez ou outra
É assim que sou
Todo mundo quer ser amado pelo que se é
Mas não podendo, que se contente som seu próprio colo
Ofusca meus olhos Brasília
Porque está tão cheia de vazios que me vi nua
Nua e só, com meu auto amor
E sozinho, ele se fez maior que tudo lá fora
Sou errante e tenho tudo para melhorar, mas não me conforta essa verdade.
Sim, eu quero acertar.
Não sou depressiva, estática.
Ofusca meus olhos Brasília
A ambição
O status
O cuo
Que me negam o direito de ser feliz com o Só
Agora fecho meus olhos
Não quero que me ofusque e não posso me esquivar disso.
Estou em paz.
Não me ofusca a alma Brasilia
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