Pular para o conteúdo principal

Me ofusca os olhos


Me ofusca os olhos Brasília porque te nego



Mas o céu que te cobre não se pode negar



Chega mesmo a ser uma espécie de mar


Grandioso e claro


Mesmo quando está escuro, se mancha de contrastes


Porque artístico que é, não se curva às formalidades de céu




Me ofusca os olhos quando passo os dias em casa


Me poupando de ti e de repente saio despreparada


Sem meu Ray Ban lilás que perdi, mas nem chorei.




Se mudei até de Estado


Então que mude tudo em mim


Meu espírito principalmente


Agora, um pouco bem, um pouco triste


Refém do atual, esperançosa do amanhã


Que enche a gente de bom talvez




Fundamentalmente me amo assim, como sou, porque embora mude vez ou outra


É assim que sou




Todo mundo quer ser amado pelo que se é


Mas não podendo, que se contente som seu próprio colo




Ofusca meus olhos Brasília


Porque está tão cheia de vazios que me vi nua


Nua e só, com meu auto amor


E sozinho, ele se fez maior que tudo lá fora



Sou errante e tenho tudo para melhorar, mas não me conforta essa verdade.


Sim, eu quero acertar.


Não sou depressiva, estática.




Ofusca meus olhos Brasília


A ambição


O status


O cuo


Que me negam o direito de ser feliz com o Só




Agora fecho meus olhos


Não quero que me ofusque e não posso me esquivar disso.


Estou em paz.


Não me ofusca a alma Brasilia

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Pequi. Ou seria um ouriço? Os Deuses gostam de espinho.

Tão comum na Planalto Central, região de cerrado, seu nome significa “fruta dos deuses” . Por todo lado existe algo de pequi. Isso, eu até sabia. Já havia sido alertada por especialistas. Lá na Vila Industrial, em Campinas, onde fica a editora que eu trabalhava tem a pastelaria do Japa, em frente ao mercadinho da Vila e eles servem pimenta com pequi. Desde a primeira vez fiquei apaixonada pelo sabor. Tem mais hot e mais suave. Mas até aí, era ele lá e eu aqui. Separados por um vidro com liquido dentro. Meus colegas especializados na frutinha porém, me perguntaram se eu conhecia pequi. Eu disse que sim, sem prever o que estaria por vir e ainda reafirmei que na pimenta era uma delícia, o trem. Calda Novas. Na viagem de ida para Brasília paramos em Caldas Novas. O paraíso de crianças e pessoas da melhor idade. Desde que engravidei sempre quis levar o Dimi lá. Nem sei porque, mas tenho essa idéia fixa. Em Fernando de Noronha também. Entramos para conhecer um clube de águas

Status

Parte de mim é amor e a outra é ilusão. O exercício de viver é alargar as margens da primeira até que a outra simplesmente vire a uma. Tem dias que somos mais a primeira, tem dias que estamos na fronteira. Tem dias que somos pura beira. Não cobro e não ligo, olho pro lado e digo: nem vem, que eu sei voltar pra lá. É uma maré que sobe e desce, movida pelos sentimentos que são movidos pelos pensamentos. Já fui tsunami, já fui lagoa, fá fui até sertão, mas eu sei, é tudo condição. É passageiro. Eu sou passageiro, e também o mar, e também o chão. Ah essa Tao evolução, que cresce dentro da desconstrução. Esse tudo que busca se preencher de nada. Essa divisão que nos insiste, condição de alma triste, de um ego que se alimenta e se maquia de presente. E a união ali latente, aguarda soberana o fundir do último átomo, o ruir da última ilusão. Metade de mim é vida, a outra metade é desconstrução. 

A BELEZA E A DUALIDADE DE TUDO

Hoje no finalzinho da tarde reservei uns minutos para o silêncio, a contemplação e a observação da natureza. Na verdade levei um livro pra passear, mas sem culpa. Chegando ao local, o Sol estava tão acolhedor, com um sorrisinho de lado porque nos fez pensar que ele não viria. O céu azul, com nuvens em camadas de diferentes tons formava um mosaico fofo d e texturas diversas que inspiravam a imaginação a pensar que a diferença de altura entre elas era enorme. Pensei em deixar o celular em casa, mas precisava dele para saber a hora de fechar o parque. Sendo assim, diante de um espetáculo de andorinhas, garças e em posse de uma câmera, nem pensei. Deitada esperando meu corpo secar de um mergulho coloquei a o celular a postos para traduzir um tico do espetáculo que meus olhos presenciavam. As andorinhas são um capítulo a parte. De uma delicadeza, precisão, perspicácia e agilidade de dar inveja. Tão delicadamente dando rasantes e plainando por entre os prédios como uma rota de di