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Mostrando postagens de 2011

Obrigada Senhor!

Mais uma vez vou postar esse texto, que me faz pensar que, independente da veracidade do dia do nascimento de Jesus, essa é a oportunidade oficial do ano, de parar o mundo em nome de amor incondicional, então, que ele verta sobre todos nós e ponto final.  Noite Feliz Suponho que, quando manifestado na matéria, Sua alma grandiosa tivesse a tecnologia necessária para suportar toda essa condição inumada de viver de nós, seres humanos. Suponho que Sua alma generosa tivesse a sabedoria para perdoar nossa tamanha ignorância. Suponho que Seus olhos tivessem a onipresença de ver o potencial de cada uma das ovelhas, nos indicando a possibilidade e o caminho da regeneração. Suponho que na Vossa infinita grandiosidade, a forma de humano o fez mais Deus, pois se compadeceu de nossas limitações vendo através e além da própria carne. Não há palavras para descrever a Tua obra, tão pouco mensurar o resultado que julgo ser, na minha ignorância, muito aquém do que deveria, mas fatalmente se não ti

365 dias em Brasília

Campinas me pariu. Brasília me viu, me enxergou. Faz um ano hoje. Mala e cuia. Sem saber o que encontraria. Faz 365 dias que cheguei. Sim, eu parti, mas cheguei faz tempo. Quem parte, olha para trás, quem chega, vê o futuro. Tudo tão diferente. Me espelhei em muitas, me desdobrei, me recriei. Me abandonei para depois me achar e descobri que nunca mais serei de verdades. Serei de momentos. Esse que a gente pega nas mãos, mastiga e cospe o caroço. Verdades são swarovski e momento é osso. O momento quebra e cola, a verdade estraçalha. Vim com algumas verdades, elas quebraram e me cortaram. 365 para me encontrar com a liberdade. Com minha chave de fenda, meu varal e minha térmica barata. E meu mundo, de novo.  Com dezoito, meu quarto. Com 34 meu teto. E como tudo tem um preço, são trezentas noites sem colocar Dimitri na cama. Sem dar beijinho, sem mandar tomar banho e lavar as orelhas. Trezentos dias sem a briguinha cotidiana. São 365 dias só de amor. Só de saudade e boas lembranças. O pei

Lula está com câncer. O Brasil também.

Acho que o problema não é o câncer. Todo mundo quer a cura desse mal e ninguém em sã consciência desejaria isso a qualquer ser humano que seja. O ponto é que, o Lula saiu do povo e nunca antes na história desse país alguém representou tanto o ideal de igualdade, pelo menos do lado do eleitor. É a velha máxima de quanto maior a altura, maior o tombo. Ele foi o divisor de águas. A maior expectativa. Quando o povo deixou de achar que não tinha condições de estar lá no poder por não ter estudo, não ter berço ou nome tradicional. Venceu o metalúrgico, o Silva, o operário? Não, venceram, em 2002, os 6 bilhões de pessoas exaustas, desejando mudanças.    Só que a recíproca não foi verdadeira. O Lula subiu ao pódio político, transformou o avião presidencial em luxo, viajou, vendeu o carro flex, sem garantir etanol para o país. Enquanto o povo, que se fez representado por ele, viu grandes escândalos de corrupção, de baixo do nariz do então presidente que se fez de morto (assim como a Dilma). O

Hoje podia dar praia

http://www.youtube.com/watch?v=BWVnZAJaq4Q Eu precisava hoje de um trilhão de litros de água salgada e geladinha! Sol, Prainha... A marola lambendo a cara e na sequência uma onda estoura e faz o turbilhão nas pernas. Caíu, levanta.  Mas o biquíni sem alça queima melhor. Mas não dá pra nadar! Ouve só o som. A valsa. Inspiração. A maresia . O mar poesia. O sol avermelhando o nariz dizendo: coloca um boné menina. O enroladinho de queijo sequinho da japonesa e a certeza de que aquele cenário não mudaria bruscamente nos próximos minutos. Lá longe os surfistas colorindo o azul marinho com as pranchas. Famílias dividindo a sombra da barraca, a cerveja, o picolé. O pai enterrando o filhote na areia. O casal malhado jogando frescobol e a bola vai pra água e atrai o cão labrador. Pode cão? Não, acho que não, mas hoje pode. É festa da trivialidade. Uma cerveja gelada e uma caminhada. Cada quiosque, um som. Ai não, de Jack Jhonson para um sertanejo! Ufa, passou. Agora é um sambinha. A praia é d

Mea culpa sem culpa

Algumas pessoas entendem apenas o que estão sentindo.   São incapazes de se posicionar no lugar do outro e tentar ver pelos olhos que não os seus próprios.   Acho que isso é um exercício que se aprende na infância. Quem não fez, cresce assim, achando que o mundo todo gira ao redor do seu próprio umbigo, no tempo e espaço dele. Tempo e espaço são relativos. Relativos mesmo. Para todo mundo. Não percebem que uma atitude mostra a outra pessoa, coisas que talvez nem seja o que esteja sentindo, mas É o que está mostrando ao mundo e É o que as pessoas vão entender.   Cada ser humano carrega uma bagagem de vida que funciona como espécie de filtro para   absorver e fazer a leitura das coisas. E, muitas vezes, desconhecemos essa bagagem para pressupor que o outro nos lerá se não formos precisamente claros.   Algumas relações têm, sim, o poder de ler o silêncio, as entrelinhas, o subtítulo e o prefácio, mesmo em silêncio, mas elas acontecem desde o começo sem a existência de jogos, interesses nã

O amor e a paixão

--> O amor pressupõe o abandono do ego A paixão só sobrevive quando ele é alimentado O amor pega para si como condição a felicidade do outro A paixão só enxerga a própria felicidade. Cabe ao outro se moldar para que as suas expectativas sejam alcançadas. O amor quer que o outro saiba da sua existência A paixão é medrosa e faz o outro se sentir fragilizado para que ela se sinta grande O amor tem coração de menino, mas intenção madura A paixão usa terno e gravata, mas não assina um compromisso Paixão fere quando sente-se ameaçada O amor, espera passar A paixão não constrói nada O amor é o alicerce do chão A paixão escolhe se iludir O amor escolhe quem aceita os nãos Paixão é um estágio da vida Amor é imensidão

Saudade amiga

A quem devemos saudar? A saudade é boa Inspira Traz o cheiro do ex-bebê, hoje menino A tez dos pés descalços da avó imaterializada Saudade eterniza os sorrisos, as piadas e as lágrimas Saudade costura os retalhos da colcha de cada um É a placa no caminho obscuro de viver Organiza Valoriza Indica É moeda corrente das emoções Que valora o que passa e o que nunca passará Saudade é sinestésica Delicada Tão sutil que entranha na célula mais miúda Saudade é essência Como tudo que mais importa nessa vida

É mais fácil perdoar o outro do que a si mesmo

A consciência ou não do outro será uma eterna incógnita para nós Mas o peso das próprias escolhas pesará sobre os nossos ombros e abalará nossa coluna vertebral. Como um calo a doer de tempos em tempos, quando o sapato apertar-lhe a existência. É importante achar o caminho para esquecer o calo. Talvez adotar as havaianas como calçado oficial, mas se perdoar é necessário. Se amar incondicionalmente, não para continuar errando, mas para continuar sorrindo. Porque se o erro é fruto da inconsciência, que a alegria então seja o caminho da solução. Amém.

De tropeço em tropeço vou coreografando minha vida

Ando com meus passos lentos Tropeços e desalentos Mas sei onde quero chegar Não visualizo quanto tempo tenho Qual caminho sigo Mas sei onde quero chegar Não sei quem estará amanhã no caminho Se irão comigo Se vão preferir ficar Mas sei quem quero levar E mesmo que não queiram ir Em minhas preces e pensamentos Vão todos repousar Guardarei cada um em um trono Os que se foram de bom grado Os que estão Os que partiram meio calados E os que ainda virão Tanto amor cabe em uma vida Tanta paz e amizade Pequenos segundos eternizados pela totalidade Daquele momento único Insubstituível Onde cada um é o que é Que a vida mais parece um olé Celebração de sins e de nãos Pra no final ficar só o silêncio e a solidão Que guarda tudo sem questionamentos O silêncio que á chapelaria das emoções, das lembranças E a existência se torna nada E o nada tem a nossa cara A cara que levamos, o sorriso que sorrimos O choro que amargamos Viver é isso Tudo isso Nada certo Tudo válido Corrida para o incerto Para a an

Eu gosto de ser mulher

Penso que ser mulher é um estado de espírito Se enfeitar não é para seguir uma tendência Nem abrir concorrência Se enfeitar é celebrar a vida simplesmente E é uma vocação latente Quem tem, carrega no coração Ser mulher é brilhar quando esta feliz Quando entristeço, guardo meus apetrechos e espero passar E quando a alegria volta e ela sempre vem Vou inventar meu colar Penduricar meus brincos e brilhar minha boca É assim que sei me expressar Comigo, com a vida Com meu caminhar Não é obrigação Nem instrumento de sedução É redenção. Vocação de mulher apenas É dar à natureza a mesma intenção de beleza que ela nos dá Desculpe Sou mulher e não consigo negar Sempre fui De menina, bem menos Mas antes do sutian Lá estava eu, a me emperiquitar Mas isso não é meu fim, nem meu objeto É apenas um modo de caminhar Vim da dança Da arte Gosto de embelezar Gosto de riso e de alegria E gosto de compartilhar Apenas o altruísmo O que rui, deixo pra lá Nada disso me faz fútil, vazia ou descomprometida Muit

Salvem o jornalismo

Parem de subestimar a nossa inteligência pelo amor. Ok, o mundo está violento. A política financeira é muito violenta, a social é passiva e o crime surge dessa combinação perfeita. Perfeita porque se mantém há séculos e o que muda é apenas o cenário. O todo X o individual. Não estamos na era medieval, mas temos crimes sofisticados e crimes medievais. Cadê as soluções? Os cases de sucesso. “A crise mundial pode aumentar o desemprego”. Oras, porque não entrevistar especialistas e autoridades para saber o que está sendo feito a respeito? Proferimos todas as manhãs um sem número de fatos horripilantes para quê? Ensinamos as pessoas a ficarem anestesiadas. Na TV: o risco da crise é que a nova classe média recue novamente um nível no grau de pobreza. No impresso: Classe média cresce em nº. Em geral são jovens e mulheres. Acabamos de ascender à pirâmide e duas horas depois corremos o risco de despencar? O que isso pode de fato contribuir para as decisões dos indivíduos como aprendi

Campinas, eu, Brasília e uma dose de redenção.

Demorei tanto para colocar no papel... Não foi em tempo real. Estava devendo essa retratação. E faz um tempo já. Desde que comecei a metamorfozear aqui, em Brasília, a cidade que disse e escrevi que não iria gostar. Hoje você faz anos, então vou aproveitar e te contar. Minha doce terra. Nem sempre tão doce, mas mãe é mãe. Foi severa com os negros. Um dos berços da aristocracia cafeeira, testemunha ocular dos anos de ouro das linhas férreas, e da falta de sensibilidade com o ilustre filho Carlos. Pátria do primeiro time, mas não do primeiro campeão. (brincadeira!) Terra amada e querida, mas, como uma filha íntima e amiga, que tardiamente saíu de casa, reconheço seus desafios. Alimentou algozes e rapinas e agora, terá que se desfazer disso. Tudo vai passar. Mude mesmo a vocação. Tire o bigode e a cartola. Vista algo mais simples Campinas, mais cool. Os tempos mudaram. Até a Treze mudou. Nas fotos do V8, era tudo aquilo, chapéu, floreiras, ordem no calçadão. Charme holywoodyano. Hoje, a

Pensei que ía, mas não fui. Você me laçou

Brasília Minha natureza me presenteou com dose de senso crítico. Quase sempre isso não é bom. Seria se eu tivesse também a sabedoria de entender, que o processo é lento e até mesmo nas coisas mais óbvias, regadas de certeza e razão, há que se crer no futuro, porque na verdade mesmo, pouco está em nossas mãos. Existe a vontade coletiva, a vontade individual e a guerra entre as duas e quem prevalece até este momento evolutivo não é a coletiva. Talvez a gente nem saiba pensar coletivamente. Mas junto com o pensamento crítico, a natureza me dotou também de uma capacidade de gostar de tudo que também nem sempre é bom. Você, que se pintou como um quadro belo e embolorado, hoje está mais para um gigante grande desdentado e ferido em busca de socorro, de amor. E aqui estou eu, me apaixonando pela sua natureza rude, de árvores que me chamaram a atenção por serem nanicas e contorcidas e agora, dois meses depois, pelo perfume inconfundível, pela quantidade de mini pássaros que se abrigam na s

Pede, que o universo responde

Pedi vida e ela apareceu. Minha casa se encheu de formigas, em 24 horas. Imediatamente depois da faxina intensa. Dizem que é sinal de mudança. Será? Eu sei que a vida quer entrar. Pelas formigas que dão uma volta imensa, desde lá da sala e vão pela parede até a cozinha, fazendo uma decoração que se movimenta. Uma faixinha andante e delicada. Quase reta. E a vida também quer entrar no meu coração, mas tenho medo ainda. Me pelo toda. Medo de ceder como sempre cedi. Medo de tirar meus móveis para alguém estranho preencher a sala. E se não for estranho? Se não for, talvez esse sofá e essa estante sejam dele. E eu nem vi entrar? Como as formigas. Será que elas estavam lá na forma de vida e eu que não via? Ainda tenho medo. Alguém me disse ser mais romântico que eu. E aquilo me convenceu de certa forma. Fiquei pensando quando foi que eu comecei a perder no romantismo para alguém e acho que entendi. Meu romantismo não é explícito, de muita presença f

Vai vida

Me surpreenda Me pegue nos braços e vende meus olhos E me leve para lá Estou disposta a esperar a hora certa Mas sinto saudades Uma vez eu disse que a alegria era essencial Está difícil assim Mas vou respirar e resistir Tenho material para suprir esse tempo Mas está acabando Já vi todas as fotos Já revi todas as piadas Já esgotei as minhas soluções Agora aguardo Que se acabe esse período de restrição inócua Quero andar de novo e correr Três piruetas pra começar Quero rir de novo Tenho medo de nunca mais Nos próximos 40 anos sentir alegria Onde será que estou Algum beco de transição? Já disse uma vez que o mau não me surpreende Até pode chocar Mas o belo O lindo E o amável, esse sim, me desperta! Faz tempo que não acordo Tinha um porco morto no jornal E um vice com a língua de fora Se lambuzando Tinha dor e abandono Tinha cólera Quero um jo

Cale-se

Silêncio Por favor Cale-se Quero o silêncio absoluto Pra caber todo o meu inatingível Para caber toda minha ilusão Pra caber meu absurdo Pra caber todo amor que tenho pra dar Pra caber toda minha frustração Pra caber tudo, tudo Passado, presente, futuro Por favor cale-se Se não for do meu jeito, eu aceito Mas aqui, no silêncio é apenas o certo Por favor cale-se Não posso ouvi-lo Porque se ouvir posso amá-lo E amor é risco Silêncio é segurança Por favor cale-se E preserve minha segurança vã Vazia Mas indolor Cale-se, cale-se, cale-se Estou aberta ainda Estou renascendo E não sei quando estarei madura Não sei se passarei de uma gestação Nunca tive vocação para amadurecer Sou sempre esse barulho infantil Pensamentos Soltos na mente Tentando encaixar as peças As pessoas Os sentimentos Por favor cale-se Por favor Me dê esse direito Esse presente Vivi com os lobos e Agora
Um lugar no mundo Um lugar profundo E alto Onde se é apenas Onde não se quer Onde não se vai Se está Onde não se vê Se sente
Desconstruí quase tudo que acreditava Ruiu tudo, ou quase tudo Sonhos e objetivos Sobrou a essência Sobrou a fé Sobrou o amor altruísta E agora, volto a começar a existir Suponho que daqui a oito meses eu nasça Sou um zigoto existencial